sexta-feira, 9 de janeiro de 2015

Como reconhecer um perno em inox A2 de um em A4

Como temos vindo a divulgar, a corrosão dos pernos em inox nas falésias junto ao mar tem colocado problemas de segurança, com alguns casos onde o perno partiu quando sujeito a uma carga muito baixa. O problema é ainda mais preocupante porque não é fácil de perceber visualmente quais os pernos que estão em risco. Sabemos, no entanto, que os pernos em inox A2 são menos resistentes à corrosão do que em inox A4. Por isso divulgamos uma maneira prática de distinguir um perno em A2 de um em A4. Todos os pernos em inox A2 devem ser tratados com um elevado nível de desconfiança quanto à sua fiabilidade. No reequipamento com titânio iremos dar prioridade a vias equipadas com material em inox A2.

Perno A4: ponta circular após rosca e ligeira depressão na zona de batente. Na imagem modelo Spitfix da marca Spit.
Perno A2: cabeça cónica após roscado. Na imagem modelo da marca Fixe. 


Na porca do perno vem inscrito a grau do aço (A2 ou A4). No entanto poderá dar-se o caso da inscrição estar na parte virada para a parede e ou da porca pertencer a um outro perno de liga diferente.
Em ambas as imagens a plaquete é de aço A2 da marca Fixe.
Na primeira imagem temos materiais de ligas de aço diferentes. A plaquete acusa oxidação resultante da corrosão galvânica (na plaquete em volta da anilha). Na segunda imagem está tudo em A2 no entanto denota-se corrosão acentuada no perno e na plaquete na zona de contacto com a rocha.

No Meio Mango existem também pernos e plaquetas A2 da marca Faders e em Sagres para além de pernos e plaquetes A2 da marca Fixe existem igualmente da marca Lucky em A2.

Atenção que este método de distinguir A2 de A4 não funciona em 100% dos casos, pois poderá haver modelos que sejam diferentes. 

6 comentários:

peter disse...

Amigos A2 é inox de 304 logo de baixa qualidade e A4 316 inox do de melhor qualidade. E pernos de A2 nunca deviam ser colocados a beira mar,uma dica para prolongar o inox usar spary de zinco no material e aplicar massa consistente por detras da chapa e tambem na porca e perno, basta uma manutençao de x para que o inox 316 possa durar anos e anos .

Rui Rosado disse...

Até ao momento falharam mais de uma dezena de pontos inox A2 AISI 304 nas escolas de escalada à beira mar. Ambos os pontos de A2 AISI 304 como os de A4 AISI 316 não são adequados para o equipamento de falésias marítimas. No entanto e como o nosso orçamento é muito limitado, procuraremos começar por reequipar primeiro as vias em A2 AISI 304, uma vez que o A4 AIS 316 é mais resistente à corrosão. Idealmente procuraremos substituir todo o inox (A2 e A4) por titânio.
Agradecemos a sua dica, todas as ideias são importantes. A acção mecânica a que as plaquetas estão sujeitas depressa debilitaria a zincagem a frio que se aplica-se e a massa consistente em plaquetes, pernos e porcas não é compatível com a pratica da escalada.

Anónimo disse...

Uma tecnica que eu uso é meter um varao de inox enroscado m10 com 15 ou mais centimetros com resina e nao corroi o interior do varao visto estar protegido pela massa,e aguenta mais pressao que um parabolt,um dia que o varao sofra erosao basta usar porca contra porca e desenroscar o varao para tras e voltar ao a furar o mesmo furo e aplicar resina e mudar de varao novamente tecnica que necessita apenas mudar de perno de 5 a 5 anos ou mais , isto é uma tecnica que já é usada a imenso tempo é 100cento fiavel e testada. Fala a voz da esperiençia. soluçao barata

Anónimo disse...

Parece uma técnica interessante. Em que via de escalada foi aplicada? Gostava de ver esses varões para aprender como se faz. Quantas vezes é que já trocaram de varões usando o mesmo furo?

Anónimo disse...

Esta é uma tecnica que desenvolvi trabalhando ao longo de muitos anos com estas fixaçoes ja equipamos varias vias e passado 6 anos ainda nao foi necessario mudar de varao visto estar em zonas longe do mar e estao em perfeito estado porque usamos varao de inox e tb podemos meter varao de zincado (ferro) mas apenas fazemos a substituiçao em caso ke seja necessario temos a esperiencia e ja fizemos muitas vezes a substituiçao de varao. para testes de tirar e por. nota tambem podemos aplicar esta tecnia a beira mar usando inox kk problema de corrosao e apenas mudar de varao e porca anilha chapa.voltar a furar limpar meter quimico.

Anónimo disse...

Esta técnica do varão pode ser interessante mas não junto ao mar. Justifico: Se o tipo de corrosão que acontecer junto ao mar for parecida com a que aconteceu aos pernos arrancados no Cabo da Roca e Casal Pianos, será impossivel retirar os ditos varões, uma vez que irão partir POR TORÇÃO sob uma carga muito inferior à necessária para os desenroscar.

Paulo Roxo