quinta-feira, 30 de junho de 2011

Pinheirinhos - Parede Amarela



Há uns anos atrás, na ressaca do equipamento da escola de escalada da Azóia, comecei a imaginar que a parte de cima da actual parede amarela nos Pinheirinhos poderia dar um sector desportivo estilo varandas da Azóia, ou seja um sector ao qual poderia ser difícil chegar mas que teria uma base relativamente confortável. Passei uns dias a sonhar acordado com o el dorado, quando chegou o fds madruguei, ao nascer do sol já estava nos Pinheirinhos cheio de motivação e com a mochila carregada de pernos. Depois de um rappel concluí que a parede tinha algum potencial mas que não tinha condições de conforto mínimas para que se tornasse popular. Desse dia guardo duas memorias, a desilusão de mais um sonho que não se realizou, (nada que quem procura paredes não esteja habituado) e a penosa caminhada dos Pinheirinhos com todo o material de equipar(só o berbequim e as baterias pesavam 11kg).

Entretanto os anos passaram, a parede deixou de ser virgem pelas mãos do insaciável Roxo que abriu nove vias de largos mistas e desportivas e mostrou que embora não fosse um sector de massas era uma parede de grande qualidade.

Há pouco tempo voltei a madrugar mas desta vez com menos ilusões mas com mais certezas, com menos ganas mas com mais experiencia, com menos peso às costas mas com menos costas para carregar o peso. Equipei três largos, dois desportivos e um misto:

 

1- Sexto D – 7c (7b obrigatório), via mista que segue uma fissura diagonal evidente, começa mesmo à direita da reunião da “Biohazard” e o final é comum com a “Baseado na lei”. Tem três chapas, levar micros e friends até ao nº3. O Francisco fez a primeira ascensão.


2- Vida em Parede – 7c ou mais, via totalmente desportiva. Para aceder à base atravessar desde a via “Pais à força”, levar alguns friends. Francisco e Filipe fizeram a primeira ascensão.

3- Ti puxa – 7b+ ou menos, via totalmente desportiva, inicio comum com a via “Pais à força” e partilha o top com a via anterior. O Leo e eu fizemos a primeira ascensão.


Para mais informações acerca do local consultem o blog do Roxo de onde roubei o croqui.


Boas escaladas,
Nuno Pinheiro.