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quarta-feira, 26 de agosto de 2015

Nova morada do SEA

Bom dia!
O blog do SEA mudou-se para outras paragens:

http://climbingpt.com/category/sea/

Mas continua sempre a equipar e re-equipar por esse Portugal.

Portanto, sempre que quiserem notícias fresquinhas sobre o Projeto Titã ou sobre as nossas outras atividades, já sabem onde ir.

sexta-feira, 15 de maio de 2015

Campanha de reequipamento no Meio-Mango

Depois dos primeiros reequipamentos no Cabo da Roca, este fim de semana – dias 16 e 17 de Maio – vai haver a primeira grande campanha de reequipamento no Meio-Mango.

A ideia é ter muitos equipadores a trabalhar em conjunto para equipar uma boa parte das vias do sector Poças.

Para os equipadores mais enferrujados será uma boa oportunidade de trocar impressões sobre detalhes do reequipamento e/ou relembrar alguns procedimentos, de forma a que os reequipamentos que se sigam corram de forma mais suave.

Assim, avisamos toda a comunidade escaladora que durante este fim de semana a escalada no Poças irá estar condicionada pelos trabalhos. Para além disso, as novas tiges não poderão ser utilizadas até 4ª feira, dia 20.

Quem quiser vir ajudar e dar apoio é muito bem vindo.


quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

Terra d'este

Aqui se confia mais um croqui duma via na Arrábida.

Depois de travar conhecimento com a Parede Branca em vias anteriores e já com os cantos dos olhos em busca ativa, se sonhou esta linha, ligando vários segmentos bem distintos. É de ir lá ver se vale a pena, já que tem ingredientes bastantes para preencher as ansias dos visitadores mais sibaritas. Pelo menos bastante para justificar uma inauguração em solitário e para que um 1º repetidor, vizinho das regiões de Terradets, troque um  dia para vir ver terra desta!

 [algumas imagens do dia da inauguração, em solitário, com temperaturas de 30º! Que é como quem diz que parecia mais a Arrábida Saudita. A ancoragem do dissipador, na 2ª reunião e pés doridos a 90 metros da praia fresquinha.]


   [Descanso na 3ª reunião]

 

Terra d'este, 130m, 7a+.

A via tem início uns 20 metros à direita da "Era Velha". Parte de um bloco assente no chão de terra, que foi onde se fez a amarração inicial para a ascensão inaugural, em "solitário". Transpõe as panças "da brita" em direção à única chapa do lance, atravessa pela dir. da chapa e segue em frente, por terreno fácil, algo expo, até à sequencia de buracos atractivos de proteger. Ganha o extraprumo pela sequência de buracos, e inicia travessia fisurada ascendente, à direita, uns 3 metros. Daqui, evitando os ressaltes terrosos à direita, sobe pela fissureta diagonal à esq., em extraprumo fácil de proteger, até à faixa cavada de erosão. Superar, com algo de expo(dre), a faixa de erosão, e, atravessar completamente para a esquerda, até ficar alinhado abaixo do pequeno tecto fissurado e à esquerda da fissura canal que lhe dá acesso. Reunião de pequena repisa de pés, com duas chapas m10. Esta R está, em linha reta, a 25 metros do chão (util saber em caso de ter de escapar da via). Este primeiro lance é composto de rocha que ainda solta muito material de sedimentação. A reunião pode não se encontrar no sítio mais imediatamente lógico, porém, está onde facilita a comunicação e a recepção do rapel vindo da R acima, em caso de necessidade. Mat.: vários aneis de fita mais de 4 seguramente, friends desde #C3 verde até #3, algum arame medio. Grau 6c de brita e toutvenant.

 [2ª repetição da via. L1, 6c. Mesmo com alguma escama revelou-se um lance de escalada em rocha a sério.]
[Chegada em travessia à R1 ]




L2 (uns 35m, 6c+) parte na imediata vertical da R1, pela fissura fina, em direção ao tecto. Prever bons prolongamentos de fita neste lance todo. Contornar com cuidado a bolacha entalada na fusão tecto-bavaresa seguinte. Seguir toda a lógica da longa fissura, julgando que se é o melhor escalador do mundo, (gasta de todos os tamanhos a partir do #0,5 a #4, quase ao final da fissura. Continuar o lance pela esquerda, pela fissura invertida de #3 ou #4, subir pela laje afiada, e daqui, protegendo com algum friend mediano nos buracos arredondados, entrar na zona de extra-prumo, subindo agora em travessia à direita, até à plaquete, na base do pequeno diedro extraprumado que finaliza, em grande, o lance. Muito útil o #5 no final desta passagem. Uma transição de saída do diedro pela esquerda, e chega-se ao nicho da R2.



 [A iniciar o formidável 2º lance]


 [vistas largas]



L3. Este lance é o de maior dificuldade, 7a+ (25m+-) ainda assim é facilmente superavel em A0, no caso de algum ensarilho. Subir pelo evidente diedro fissurado, "expanding", atenção que este bocado da via pode gastar vários tamanhos muito próximos (c3 verde/al. azul, c4 #0,3, #0,4), acabado o diedro transpor o muro e pança. Rumando às fissuras diagonais. aqui, tomar a fissura diagonal para a esq. que sobe até ao diedrilho-tecto, com proteção fixa (a unica do lance) naquela que é a transição mais exigente mas também estética. Acompanhar a tendência do tecto até ao seu final, pela direita e subir recto até ao varandim. inflectir em travessia para a direita, rumo ao melhor parapeito de reunião da Arrábida (2 chapas). Este lance gasta microfriends e friends até #3, opcional #4 tb cabe algum arame mediano a peq, + anéis.

 [Bavaresa larga no início do 3º lance]
 [O "cabide" da corda na 2ª reu.]
 [Algures a meio do 3º lance]


 [Içando o farnel... bem afastado da parede]

 

L4 é de muro vertical com transição de panças, alguma secção de extraprumo á medida que se aproxima do final. Sai da R. pela dir., protegendo, logo, mais um pouco à esq. E tomar o rumo do diedro inclinado. Transpor a pança de final do diedro (algum arame ultrafino) com tendencia à direita, agora rumo a um subtil diedro amarelado, abaixo da partre mais saliente da grande pança. Sair do diedro na faixa de rocha mediocre, pela esq. (arbusto), e abordar a pança seguinte (1 chapa). Seguir o sistema de pequenas fissuras, optando sempre pela melhor rocha, de tonalidade branca (afinal esta é a parede branca). 2ª chapa na zona mais compacta e branca, e a partir daqui subir um par de metros, e logo, forte travessia à esquerda, evitando a tentação de se embrenhar no terreno mais arbustado e instável, chegamos ao parapeito confortável da R4 (sem chapas). Lance de 30-35 metros.Uns 5-6 anéis, friends até #2. 




[Algumas passagens da saída do 4º lance]

 

L5. Curto lance de12 metros, 6a, onde se dá a passagem da verticalidade para a placa tombada final. Subir pelo diedro da reunião, em direção à última chapa (visível desde a R). Dobrar a pança , e percorrer a placa, sempre pela rocha mais compacta e limpa (esq.) evitando, de todo, os canais de rocha instável e os arbustos que ensarilham cordas (dir.). Friends medios e pequenos. Abundantes possibilidades de montagem de R no cimo da via. O final desta via fica uns 6 metros acima do final da "Era Velha". Junto aos ramos secos e pálidos dum falecido arbusto mas ligeiramente abaixo do ponto mais Alto da Parede dos Alhos/ Parede Branca.

A inclinação da parede permite rebocar carga suspensa com facilidade com poucos pontos de roçamento ou travessia, para quem 
domina a técnica.
[4ª Reunião (friends e entalador, num cómodo parapeito]


acesso: desde a serventia do Fojo. Em vez de tomar o carreiro de acesso às vias do Fojo, continua-se a descer o estradão até chegar a uma bifurcação deste caminho com um carreiro estreito mas bem definido, entre os arbustos frondosos, à esquerda.
Para referencia de orientação, iremos passar sempre à direita da arredondada colina do Fojo.
Seguir este carreiro até um cruzamento, continuando ainda em frente, agora em ligeira subida, até quase ao final do caminho que servia antigas extrações de pedra. Descer atravessando os depósitos de escórias destas pedreiras, até ao carreiro de pescadores descendente, que em vários e criativos lacetes, nos vai aproximando da base da parede.



[A cordada, numa das reuniões mais espetaculares da Arrábida]

Croquete: 



FP






sexta-feira, 10 de maio de 2013

Arrábida - Calhau dos Alhos (a.k.a. Parede Branca)

Numa Era em que ainda se protegiam quedas com tacos de pau entalados nas fendas das rochas, lá para os idos de Setembro de 1980 andou uma cordada a esgravatar uma bela linha na "Parede do Calhau dos Alhos". Parede branca de tons, com muros, diedros e tectos desafiantes, alcandorados a pique durante mais duma centena de metros virados ao mar.


 Tentativa de 1980. Paulo Alves nas panças do L1 foto: col. P.Alves


Paulo Alves e Carlos inauguraram com esta tentativa 2 primeiros lances, nesta respeitável falésia.
P. Alves regressa nos inícios dos anos 90 acompanhado de Francisco Silva, acrescentando mais um lance, porém, sucedem-se vários anos sem a boa conclusão de sair por cima.

 Paulo Alves abrindo no tecto-diedro do L2. foto: col. P.Alves



Carlos no L2. foto: col. P.Alves


A parede ainda viu mais uma ou outra tentativa de Paulo Roxo, e, recentemente, em cordada com João Gaspar surgiu a linha "cascawall" e com a Daniela Teixeira a via Rocha Podre e Pedra Dura. Linhas que acrescentaram valor e interesse à parede.
Aproveitando as poucas oportunidades invernais, o que subscreve junto com Nuno Pinheiro, desarmam, desde cima, três lances de muralha minada de lajes agro-precárias.
Após mais um pouco de trabalho de recuperação dos lances de baixo, esta via é finalmente ascendida completamente.
Eis, aqui um dos grandes itinerários da Arrábida com bom sabor aéreo. Uma proposta para dias frescos e de verdadeiro ambiente "de parede".  

Resultou o nome de Era velha para este traçado cobiçado desde há tantos anos e que liga escaladores de épocas diferentes num mesmo empreendimento.


Foto: J. Gaspar via P. Roxo, RPPD.

Breve descrição:

1º lance, 6b+, 20m: entrada paralela logo à direita da RPPD, atravessar à direita por baixo de umas panças corn flake, superar os ressaltes de tuvenan e brita  até à fissura vertical de #4, seguido de um piton. Logo acima desta passagem e directamente abaixo do tecto-diedro, montar reunião sem gastar friends medianos. Este lance protege-se inteiramente com friends e fitas largas. 2 tacos e um "angle" ferrugento completam a oferta museológica desta via. É o lance de rocha mais "suja". A partir daqui só pode melhorar.

2º Lance, 6a, 12m: Tecto-diedro de desfrute total. Por opção própria montamos a 2ª reunião à altura do spit, no final do tecto, já que, dado o estado da rocha que se segue, era o sítio mais abrigado da eventual queda de pedra. Proteção a gosto, com friends. Uns uns três tacos cravados de baixo para cima e o citado spit m10 da reunião, mostram como se fazia antes.

3º lance, 7a+, 25m: duas parte compõem este lance, um primeiro muro fissurado, com algum piton, passando ao lado da velha reunião original, em direcção a extraprumo difícil, com algumas delicadezas minerais. Saindo do extraprumo segue-se um piton no canal-diedro, fácil, até à reunião no final deste canal.

4º lance, 7a, 25m: saída com tendência à direita pelos tectos aéreos. Muro estético entrecortado de fissuras diagonais. Passagem da pança até à reunião da "figueirinha". Largo com o melhor ambiente de parede. Duas chapas, tudo resto fácilmente protegível com um jogo de friends.

5º lance, 6b, 15m: saída da reunião da "figueirinha" pela bavaresa fina. Entrar no muro cinzento e compacto, protegendo com algum microfriend e fissureiro pequeno. Reunião junto ao jardim suspenso. 3 chapas.

6º lance, 6c, 25m: saída pela fissura. Aos poucos metros quando esta fissura se torna mais terrosa, atravessar para a direita (chapa) e daqui enfrentando o muro, com algum passito mais técnico, com rocha mais delicada, em direção a uma fissura final. 3 chapas.

O Acesso a esta parede faz-se desde a serventia do Fojo. Em vez de tomar o carreiro de acesso às vias do Fojo, continua-se a descer o estradão até chegar a uma bifurcação deste caminho com um carreiro estreito mas bem definido, entre os arbustos frondosos, à esquerda.
Para referencia de orientação, iremos passar sempre à direita da arredondada colina do Fojo.
Seguir este carreiro até um cruzamento, continuando ainda em frente, agora em ligeira subida, até quase ao final do caminho que servia antigas extrações de pedra. Descer atravessando os depósitos de escórias destas pedreiras, até ao carreiro de pescadores descendente, que em vários e criativos lacetes, nos vai aproximando da base da parede. É um caminho longo mas compensa pela grande envolvente natural e "selvagem".

Alguns aspetos de estratégia para esta parede:

Época - O verão e qualquer dia com temperaturas acima dos 25º, à partida, não será nada recomendável.
Escolher dias frescos sem demasiado vento.
Consoante a época do ano, o Sol esconde-se para além da crista do píncaro à tarde, e na verdade , os cerca de 125 metros da via são exequíveis numa tarde sem pressas.

Material - 1 jogo de friends até #4, repetir do #0,75 ao #2 camalot ou equivalente, alguns fissureiros pequenos, semáforo de aliens, varios anéis de fita de 60cm (uns 6), 2 anéis de 120cm para reuniões; umas 10 expressos (4 para chapar o resto para prolongar). Os capacetes são imperativos para quem tiver alguma coisa a proteger.

A via não está preparada para rapelar (sem abandonar material) e cordas simples de 50 ou 60 podem não chegar para esse fim.  De qualquer forma a via segue algumas travessias que não facilitam a descida em rapel e a subida de retorno pelo trilho é penosa.

Se todos os membros da cordada ambicionarem o encadeamento ou uma jornada mais prazenteira recomenda-se rebocar a mochilita dos agasalhos, comida e bebida, com uma cordelete, caso contrário o 2º sofre que nem um cavalo, com o peso e volume.

As reuniões são suspensas do arnês, com agum apoio razoável de pés ou "encosto".

Para mais informação sobre esta parede: Blog RPPD

FP

terça-feira, 30 de abril de 2013

Vias novas na Muralha


Para quem não conhece a Muralha é uma parede que fica do lado nascente do Fojo. A maioria das vias foram abertas há mais de 20 anos pelo Paulo Roxo que em breve vai disponibilizar o croqui no blog Rocha podre e pedra dura. Recentemente eu (Nuno Pinheiro) e o Fernando Pereira abrimos mais duas vias e re-equipamos as 4 reuniões da linha de rappel.



Croqui cedido pelo Paulo Roxo
 
10 -O Elefante de Aníbal


Via aberta de baixo. 1 jogo de friends ( BlackDimond do 0.3 ao 3) repetir do 0.3 ao 1 , mais uns micro e entaladores.

L1 - 6a+, 12m, começa num esporão de rocha branca à direita da via “Pânico, horror e dor ”, difícil de proteger, entaladores pequenos dão jeito. Reunião não equipada no filão podre que atravessa a parede na diagonal. Uma alternativa bastante lógica é entrar pela via “Pânico, horror e dor” e juntar com o largo 2 fazendo só um largo. Rocha de razoável qualidade.

L2 - 6c, 15m, atravessar para a esquerda até estar por baixo de um pequeno diedro. A via vai um pouco aos s’s para se proteger melhor, é aconselhável levar fitas ou cordas duplas para diminuir o atrito. Reunião equipada coincidente com a da via “Oceânica”. Rocha de razoável qualidade.

L3 - 7a+, 25m, no inicio há duas fissuras evidentes a linha segue a da direita atravessando para a esquerda um pouco depois do final da fissura. Perto do final do largo numa zona de difícil proteção colocamos um perno. Reunião equipada coincidente com a da via “Oceânica”. Rocha de grande qualidade.


11 - Javali aperta aqui

1 jogo de friends ( BlackDimond do 0.3 ao 3)

7b, 25m, começa numa fissura evidente por cima de um pequeno teto de rocha menos boa. Rocha de grande qualidade com buracos, chorreiras e placa estilo cama de pregos. 3 pernos (inclusive no crux). Qualquer uma das vias entre a 2 e a 7 inclusive permite aceder à via, pois forma uma varanda relativamente confortável.

segunda-feira, 2 de março de 2009

Relatório de contas do SEA

Como resposta às conjecturas de uso e abuso do orçamento do SEA, venho aqui deixar um sucinto balanço de contas para justificar o vazio encontrado no fundo dos nossos cofres. Não vou detalhar ao tostão pois isso ia-me ocupar demasiado tempo, o qual prefiro gastar noutras coisas, como por exemplo, equipar vias.

A verdade, verdadinha, é que os gastos do SEA foram superiores ao dinheiro obtido com as contribuições. O meu material de escalada novinho em folha nada tem que ver com esses fundos! Senão vejamos:

O SEA obteve cerca de 850 euros em contribuições. Com este dinheiro comprámos um berbequim (200 eur) para substituir o antigo que se volatilizou sob demasiado esforço (leia-se “morreu às minhas mãos”) e material inox para equipar. Eu, o Leo e a Isabel, fomos os únicos que equipámos com este material e abrimos 55 vias.

Sagres:
Parede das riscas – 6
Corgas – 7
Outros sectores – 4

Zona de Lisboa:
Cabo da roca – 3
Pinheirinhos – 7
Parede Nova do Fojo – 4
Novo sector no Espichel – 23
Gruta ao pé da Fenda – 1

A maioria destas vias são grandes e se contarmos dez protecções por via (8 + top) e tivermos em conta que em média cada ponto fica a 3 euros (preço super-barato só possível com o apoio da Diedro e da Espaços Naturais), cada via custa em média 30 euros.

55 x 30 = 1650 euros
1650 + 200 (berbequim) = 1850 euros
850 – 1850 = -1000 euros

Significa isto que o SEA tem um saldo negativo de 1000 euros?

Neste momento ainda há algum material em stock e o saldo negativo do SEA anda apenas à volta dos 200 euros. Estas contas são possíveis porque a Submate, representante da Petzl, está a apoiar o equipamento do novo sector do Espichel e os elementos do SEA contribuíram inicialmente com algum material que não está a entrar como custos para estas contas.

Em breve vou colocar aqui novidades sobre o novo sector “Meio Mango” no Espichel.
Obrigado pelas contribuições e espero que continuem a apoiar o SEA.

Nuno Pinheiro

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

NIB

NIB para o qual podem efectuar as vossas contribuições.

003300000198015406576

Obrigado,
Nuno Pinheiro

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Cofres vazios!


Caríssimos consócios, comparticipantes, visitantes e futuros ex-parasitas do SEA:

Apesar de não termos sido vítimas de nenhum desfalque de milhões, como agora é moda nas altas finanças mundiais, os cofres do SEA estão vazios. VAZIOS !? Como é possível, perguntam os sócios em uníssono, que só ouvem falar de contribuições e doações fabulosas? Pois bem, no princípio de Janeiro abrimos o cofre para fazer as contas anuais e apenas encontrámos uma plaquete zincada e algumas impressões digitais de magnésio. Roubo ou burla? Analisadas as impressões no laboratório do SEA logo se encontrou o culpado. O maior nº de dedadas pertencia a um tal Nuno Marques Sepúlveda Pinheiro, perigoso enfermo e equipador compulsivo (ou será perigoso equipador e enfermo compulsivo?).

Sob as intensas luzes do interrogatório o culpado confessou.

- Sim, fui eu, usei-as todas!

Quando, onde, quantas? Intimado a dar resposta, o culpado prometeu prestar um relatório de contas e acusar os demais cúmplices.

Bem vistas as coisas, não é uma má notícia, é sinal de que nasceram vias por essas escolas fora. As plaquetes apenas mudaram de cofre, agora estão espalhadas e encerradas nesses cofres de pedra verticais que apenas esperam que lhes venham arrombar os encadeamentos.

E também, quem nunca equipou que atire a primeira pedra... Ops, parem, parem!

quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

Agradecimento e promoção extraordinária

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Nestes tempos difíceis de árdua conjuntura económica internacional o SEA vem dobrar-se reverencialmente perante uma contribuição inusitada e também, na mesma medida, excepcionalmente meritória e digna de particular divulgação e agradecimento.

O nosso estimado sócio Pedro Queiroz (reconhecido recordista português de salto em altura entre duas presas) ofereceu ao SEA, num gesto de invejável grandeza e magnanimidade, 250 € do prémio que obteve pela vitória na competição de velocidade que teve lugar na antiga FIL de Lisboa em Outubro último. De salientar ainda que este sócio se prontificou a ceder o valor total do prémio (1000 €), caso o SEA assim o entendesse, para algum gasto de excepção como seria a aquisição de um novo berbequim, mas que por tal não se justificar o SEA declinou agradecidamente a oferta.

Desta forma, e por mais não podermos fazer, queremos prestar aqui sensibilizada homenagem e promover este nosso patrocinador a sócio honorífico e extraordinário.

(Não queremos, porém, deixar de mostrar a nossa preocupação e de alertar este nosso mecenas pelo risco em que incorre ao se expor desta forma a sérias acusações de insanidade e de incapacidade de administração dos bens próprios.)

quinta-feira, 4 de setembro de 2008

Agradecimentos

O SEA vem por este meio agradecer a generosa cedência dos berbequins que, nas mãos de raros escaladores experientes e munidos de alto bom-senso, possibilitaram o equipamento de muitas novas e boas vias. Deste modo, todo o SEA faz uma vénia aos mui grandes benfeitores e possuidores dessas máquinas, que sem olharem às mãos que as recebiam as emprestaram sem pensar duas vezes. Arrependimentos à parte, destacam-se aqui a antiga junta Francisco Ataíde-Tomás Om-Rui Toshiba e o Exmo sr. André Neres.
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Aproveitamos a oportunidade para nos curvarmos também à pesada oferta de 200 pernos inox A4 (Gand'aço!) do escalador e mecenas dos equipadores desvalidos, Exmo Sr. Rui Gameiro.
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Como magra retribuição a estes bem-intencionados patrocinadores oferecemos-lhes a entrada para sócio do SEA por uns bons e bem medidos 12 meses. E ainda o nome a "bold" dourado aqui na coluna da direita (sujeito à apreciação da alta autoridade do SEA).
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Enquanto esperamos pela divulgação de novas vias resta-nos lembrar-vos que o nosso gabinete de apoio ao escalador (GAE) vítima de equipamentos está à vossa disposição. Este gabinete é composto por um experiente grupo e estará à disposição para resolver dúvidas relacionadas com:
  • Distância entre plaquetes
  • Escolha do local para a plaquete
  • Teoria e prática do furo perfeito
  • Tamanhos legais de martelos de equipador
  • Quando, como e onde nunca talhar nem picar
  • Ajuda psicológica e muito mais
Se és um recém-equipador e tens dúvidas precisas do GAE.

sábado, 12 de julho de 2008

“Ting! Ping! Ting! Bing! Ping! Ting!”

Martelada a martelada, o equipador como um ferreiro vai cravando o aço numa bigorna de pedra vertical. Na pedra bruta e informe, arranca linhas, força direcções, delimita o espaço. Equipar uma via é prender uma besta, pôr arreios de ferro a uma pedra selvagem, tirar-lhe a liberdade e torná-la doméstica. Ao traçar a via o equipador define os esforços e cansaços, os repousos e posições que os futuros escaladores irão experimentar. E cada chapa colocada é um antolho que nos fixa o olhar e nos dita o trajecto a seguir. Então, se por um lado, equipar uma via é abrir um caminho, por outro lado, é obrigar a seguir esse caminho. Por isso, a maior qualidade de um equipador é saber descobrir os caminhos naturais que estão invisíveis e percorrem as paredes e preservar, tanto quanto possível, a liberdade do escalador ao percorrê-lo.

Muita gente, obcecada pela segurança, define a qualidade dos equipamentos pela distância entre as chapas e por uma subjectiva tranquilidade mental (deixo para outro dia a defesa da tese que a essência da escalada é a intranquilidade, a dúvida, a incerteza e o medo). Mas um bom equipamento é quando descemos de uma via e nem sequer nos conseguimos lembrar de nenhuma protecção, apenas nos lembramos das presas, dos movimentos e das sensações. Idealmente, as chapas teriam apenas a função de estrelas a guiar-nos num mar de pedra… Mas como isso ainda não é possível toca a martelar!

“Ting! Ping! Ting! Bing! Ping! Ting!”