quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

Projeto Titã - Falésias e Setores Prioritários




Olá pessoal, a época festiva deu excelentes frutos. Muitos escaladores têm contribuído para o reequipamento e conseguimos já angariar mais de 5800€. É um excelente início para o projeto, que nos vai permitir renegociar preços com os fornecedores do material em titânio.

Seguindo os critérios definidos na reunião do projeto em Dezembro, já temos uma lista das falésias/setores por onde começar os reequipamentos e que incluem:

. Meio Mango – setor Poças e Baía (todas as vias em A2)

. Sesimbra – setor Dente de Leão e algumas vias do Portugal dos pequeninos

. Casal Pianos – tops das vias THP, Monstro, Tridente, Supercrack e a Via do Totó

. Cabo da Roca – ainda a definir os tops prioritários

Entretanto a AMEA também se juntou ao projeto e estamos em conjunto a definir um plano de reequipamento para Sagres, tendo-se criado um fundo separado para estas falésias. Portanto, se quiseres contribuir especificamente para o reequipamento de Sagres, quando fizeres a transferência indica que é para Sagres.

Idealmente, procuraremos substituir todo o inox (A2 e A4) por titânio nas falésias costeiras. No entanto e como o nosso orçamento é muito limitado, vamos começar por reequipar nos setores prioritários e apenas as vias em A2 AISI 304, uma vez que o A4 AIS 316 é mais resistente à corrosão (até ao momento falharam mais de uma dezena de pontos inox A2 AISI 304 nas falésias à beira mar). Entre as vias em A2, vamos dar prioridade às vias mais fáceis por serem mais frequentadas.

Estamos a terminar a listagem das vias prioritárias nestes sectores e a calcular a proporção de tiges e tops necessários. Contamos fazer a encomenda muito em breve, por isso, se escalas nestas falésias, se ainda não contribuíste, está na altura!

E a todos os que já contribuíram e têm ajudado nas muitas tarefas e atividades do projeto, MUITO OBRIGADO!

sexta-feira, 9 de janeiro de 2015

Como reconhecer um perno em inox A2 de um em A4

Como temos vindo a divulgar, a corrosão dos pernos em inox nas falésias junto ao mar tem colocado problemas de segurança, com alguns casos onde o perno partiu quando sujeito a uma carga muito baixa. O problema é ainda mais preocupante porque não é fácil de perceber visualmente quais os pernos que estão em risco. Sabemos, no entanto, que os pernos em inox A2 são menos resistentes à corrosão do que em inox A4. Por isso divulgamos uma maneira prática de distinguir um perno em A2 de um em A4. Todos os pernos em inox A2 devem ser tratados com um elevado nível de desconfiança quanto à sua fiabilidade. No reequipamento com titânio iremos dar prioridade a vias equipadas com material em inox A2.

Perno A4: ponta circular após rosca e ligeira depressão na zona de batente. Na imagem modelo Spitfix da marca Spit.
Perno A2: cabeça cónica após roscado. Na imagem modelo da marca Fixe. 


Na porca do perno vem inscrito a grau do aço (A2 ou A4). No entanto poderá dar-se o caso da inscrição estar na parte virada para a parede e ou da porca pertencer a um outro perno de liga diferente.
Em ambas as imagens a plaquete é de aço A2 da marca Fixe.
Na primeira imagem temos materiais de ligas de aço diferentes. A plaquete acusa oxidação resultante da corrosão galvânica (na plaquete em volta da anilha). Na segunda imagem está tudo em A2 no entanto denota-se corrosão acentuada no perno e na plaquete na zona de contacto com a rocha.

No Meio Mango existem também pernos e plaquetas A2 da marca Faders e em Sagres para além de pernos e plaquetes A2 da marca Fixe existem igualmente da marca Lucky em A2.

Atenção que este método de distinguir A2 de A4 não funciona em 100% dos casos, pois poderá haver modelos que sejam diferentes.